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IGREJA BATISTA DO BOM RETIRO, 30 ANOS DE VITÓRIAS
“Uma Família que quer amar você”

 

 
     
  A - BREVE HISTORIA DA IGREJA BATISTA DO BOM RETIRO – EXCERTO

Por: José Maria Vidal, membro da IBBR e professor de Classe da Escola Bíblica Dominical. jmariavidal@yahoo.com.br


Neste artigo faremos um breve e simplificado relato da história da Igreja Batista do Bom Retiro – IBBR. Abordaremos do período referente ao inicio do trabalho no bairro até a inauguração do primeiro templo construído. Farão parte deste, também, o depoimento dos irmãos Heli e Lígia Martins; e as palavras dos irmãos Sérgio Costa e José Maria durante a comemoração dos trinta anos de fundação da Igreja.

A Cidade

Na década de 50 o povoado, que em 1964 viria se tornar a cidade de Ipatinga, era ainda um lugarejo com poucas casas, totalmente carente de estrutura sanitária e de saúde. A construção de uma siderúrgica, as USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS - Usiminas, na região, mudaria completamente sua história. A fase de construção da citada siderúrgica atingiu seu ápice nos inicio da década de 60, quando foi inaugurada sua primeira fase e se deu o inicio de operação e produção.

Para cá convergiram pessoas de todo o Brasil para trabalhar temporariamente na construção, sendo que grande parte desses moravam em alojamentos para tal designados. Ao lado desses muitos vieram para, além de trabalhar na construção, se integrar ao quadro da operação da empresa e fazer da futura Ipatinga seu local de morada definitiva e criação da família. Aos poucos uma cidade começou tomar forma devido à construção da vila operaria que abrigaria todo o operariado envolvido na operação da siderúrgica. Tal vila, conforme ainda se pode observar nos bairros construídos pela Usiminas, foi alvo de minucioso e detalhado planejamento e na época contrastava com o ambiente caótico que predominava no seu entorno. A cidade, que veio a se organizar em 1964, teve um ritmo de desenvolvimento acelerado e pleno movido, principalmente, pela arrecadação oriunda da siderúrgica, vindo a se tornar pólo de comercio na sua região.

O início

Mas vieram também aqueles com sua fé, ímpeto e fervor missionário. Tornaram-se, inicialmente, alguns deles, membros da Primeira Igreja Batista de Coronel Fabriciano – PIBCF, e de Igrejas da região. Mais tarde, em 1964, como fruto do trabalho desses irmãos que aqui moravam, e patrocínio daquela Igreja, foi organizada a Igreja Batista Central de Ipatinga – IBCI, no centro da cidade, próximo à então rodoviária.

Todavia, muitos membros moravam nos bairros, que eram distantes, e a freqüência à igreja era difícil. Não havia a estrutura de transporte e o conforto que temos hoje. Havia também como limitante, o componente financeiro. Pagar ônibus para toda a família ir à Igreja, comumente numerosa na época, era algo que cabia em poucos orçamentos. Na realidade econômica da época, mais se andava á pé; ou de bicicleta, para quem podia comprar uma para a família; era normalmente o meio de transporte para o trabalho. Bastante comum era a família ser transportada de bicicleta para a Igreja: a mãe na bagageira e um dos filhos, um a cada domingo, sentado no quadro, com os óbvios riscos devido ao incipiente sistema viário. A freqüência aos cultos era difícil. Como a freqüência à igreja era então dificultada, o “culto nos lares” e os “pontos de pregação”, cujo objetivo era principalmente missionário, era a única maneira de minorar aquelas dificuldades. Assim se iniciou a IBBR, hoje com 30 anos.
Morando no Bairro Bom Retiro, recém-construído e ainda com poucos moradores, para o qual havia se mudado em 1964, o irmão Heli Martins de Souza e sua esposa D. Lígia, eram membros da Igreja Batista Central de Ipatinga – IBCI, para a qual vieram transferidos da Primeira Igreja Batista de Coronel Fabriciano – PIBCF, depois que aquela se organizou.

Neste bairro não havia ainda nenhuma congregação evangélica. Assim, após se reunir com vários irmãos batistas do bairro estes solicitaram à IBCI, então pastoreada pelo Pastor Joel da Silveira, a abertura de um “ponto de pregação” no bairro. A igreja, liderada pelo pastor, entendendo o desafio e a disposição destes irmãos, atendeu àquele grupo, liderado pelo irmão Heli Martins, que então abraçou tal desafio e abriu sua casa, compartilhando-a, para abertura de um “ponto de pregação” no ano de 1966, aproximadamente, conforme relata o mesmo em depoimento:

“Em abril de 1963 mudamos para Ipatinga no Bairro Bom Jardim onde fomos morar e freqüentamos a congregação da Primeira Igreja Batista de Coronel Fabriciano – PIBCF, inexistente naquele bairro. Em setembro do mesmo ano a IPIBCF pediu nossas cartas de transferência para fazermos parte como membros da Igreja Batista Central de Ipatinga cuja congregação se organizou em Igreja, a partir desta data nos tornamos membros da Igreja Batista Central.

Em dezembro de 1964 mudamos para Bom Retiro e começamos a freqüentar a Igreja Batista Central, que se tornou um tanto difícil por causa da distância e falta de condução, e como eram vários membros que moravam no bairro e por ser um, bairro novo, não havia nenhuma congregação evangélica no bairro sentimos que precisávamos organizar um ponto de pregação ali. Junto com os irmãos do bairro levamos o pedido à Igreja a qual nos atendeu prontamente criando o trabalho em nossa casa, onde reuniam os irmãos do Bairro um vez por semana, a data propriamente não me lembro, é só recorrer a ata que irá encontrar.

Ali nos reunimos aproximadamente por cinco anos. Dali saímos para organizar em congregação em um galpão doado pelos irmãos Nilton Teixeira e família. No período que estávamos reunindo nesse galpão o Pastor José Ribeiro entrou em contato com a Usiminas e após muita insistência a Igreja Central conseguiu comprar o terreno onde posteriormente foi construído um templo no qual a congregação passou a reunir e nos organizamos em Igreja no dia 10/12/77.

Para mim e minha família são dois privilégios muito grande, primeiro, que para honra e glória do nosso Deus esta Igreja nasceu dentro da nossa casa, segundo, que todos os nossos filhos cresceram dentro dela como congregação e como Igreja e todos tornaram membros posteriormente.

Este é o motivo todo especial porque amamos tanto, porque com todos os nossos defeitos e limitações Deus nos usou para tão grande acontecimento em prol do seu reino. Amém e Amém.

Ipatinga, 03/12/2007 - Heli e Ligia Martins”.

Nota: Os irmãos Heli e Lígia Martins e seus seis filhos; Ângela Maria, Itamar, Carlos Roberto, Lucimar, Magda e Mary Sueli compartilharam, durante este tempo, sua residência com todos aqueles que vieram se ajuntar a esse trabalho pioneiro. Cinco de seus filhos são também membros fundadores da IBBR.


Os cultos eram às quintas feiras, dirigidos pelos próprios irmãos do bairro, e nos demais dias freqüentavam os trabalhos regulares da Igreja. Durante as férias escolares promoviam a EBF – Escola Bíblica de Férias -, realizada com itinerantes ou Iberistas.

O bairro foi crescendo e muitos que para ele chegavam se juntaram ao trabalho, além do crescimento oriundo do próprio trabalho evangelístico que frutificou e atingiu muitas vidas e muitos lares. Assim, após 5 anos, em 1971 a casa do irmão Heli já não comportava o trabalho, necessitavam de espaço maior e melhor estrutura. Assim, conforme a ata da sessão 187, de 20 de novembro de 1971, por solicitação dos irmãos, ”foi deliberado organizar-se Congregação trabalho do Bairro Bom Retiro e homologada a diretoria da mesma: Vice-moderador: Anderson Barbosa; Secretário da Congregação: Tarcísio de Miranda Leite; Superintendente da Escola Bíblica Dominical: Aroldo Sampaio e Secretária da Escola: Zilá de Miranda Pinto”. A novel congregação passou a se reunir de maneira mais confortável num salão improvisado da serralheria, gentilmente cedido pelo proprietário, senhor Nilton Teixeira, ele e família também participantes. Com certeza Deus o usou como instrumento para implantação da IBBR.

Conforme registrado nas atas das IBCI, no fim daquele mesmo mês, dia 30 de novembro de 1971, a ata 190 relata que “o irmão Anderson Barbosa apresenta um relatório satisfatório” sobre trabalho da congregação, e são empossados os “professores da Escola” eleitos pela congregação: “Classe de Adultos: Anderson Barbosa e Joaquim Rodrigues – Classe de Crianças: Eunice Pereira, Glorinha Duarte e Creuza Maria B. Maciel - 1º Tesoureiro: Laécio Maciel e 2ª Tesoureira: Conceição Borges Maciel”.

Além de o trabalho ser promissor, havia também o senso de oportunidade, e na sessão seguinte, 4 de dezembro de 1971, foi eleita uma comissão para “estudar detalhadamente este assunto”, “compra de terrenos nos Bairros bom Retiro e Amaro Lanari”: Adealde Alves de Assis, Geraldo Gouveia e Inácio Cassimiro de Souza. Era uma atitude compatível com as perspectivas de crescimento da cidade e do trabalho evangelístico nestes bairros, bem como com o espírito empreendedor e arrojado do recém-chegado Pastor José Ribeiro da Silva.

O trabalho se desenvolvia naturalmente sem perder o foco no crescimento, consolidação do trabalho e plantação de novas igrejas. O nascente trabalho com a Juventude na região se iniciara e a Jubavaço já iria realizar seu 4° congresso. Em ata datada de 17 de março de 1973 ficou registrada a preocupação e a visão dos irmãos com a plantação de igrejas e consolidação do trabalho na nova cidade. No relatório financeiro é mencionado o “fundo de construção das congregações” Iguaçu, Amaro Lanari, Bom Jardim e Bom Retiro, que aportava a importância de R$10.173,55” (valores da época).

Nesta ocasião, após insistente trabalho do Pastor José Ribeiro e intervenção do irmão Adealde Alves de Assis, o lote para construção da Congregação em Bom Retiro foi finalmente comprado da Usiminas. A proximidade do irmão Adealde, então gerente de uma empresa com amplos negócios com a Usiminas na ocasião, e com a alta gerência desta, facilitou as negociações. Este irmão aproveitava as oportunidades das reuniões de negócio para os contatos, o que facilitou a efetivação da compra do lote onde a igreja é hoje construída, conforme depoimento pessoal do Pastor Ribeiro. Este mesmo irmão veio a contribuir com mão de obra durante a construção do templo. Na verdade não havia, por assim dizer, interesse explícito na venda do referido lote. Após alguma relutância, foi comprado em 24 prestações mensais com o compromisso de construção logo a seguir.

Em outubro daquele ano, lote comprado, estávamos “às voltas” com a construção. A planta do prédio precisava ser previamente ser aprovada pela Usiminas. Conforme o Pastor Ribeiro, “ainda com relação à aprovação da planta para a congregação em Bom Retiro, houve problemas, havendo necessidade de alteração na mesma, para dar mais funcionalidade”. A planta só viria a ser aprovada em abril de 1974, ata 229, de 13 de abril de 1974, em sua quarta versão e “deveria ter etapas de sua construção pronta até 24 de setembro daquele ano” (1974). Foi então pedido um prazo de seis meses (à Usiminas), após aprovação da planta, para executar a mesma”. Havia exigência de se construir, dentro desse tempo, pelo menos, um salão de cultos no lote para garantir a posse e a escritura do mesmo. Finalmente o lançamento da pedra fundamental do templo da Congregação Batista do Bom Retiro foi “realizada aos 21 dias do mês de julho de 1974 às 15h10min com o cântico do hino 411”.

Por esse tempo a Prefeitura Municipal de Ipatinga estava em de processo de desapropriação de parte do lote, onde se situava a casa pastoral e o templo da Batista Central, para construção da atual Avenida João Valentim Pascoal, antiga Rua Teófilo Otoni. Seria, na verdade, desapropriada a parte onde se situava a casa pastoral. Para “tal (processo) foi indicado o nome do irmão Adealde Alves de Assis”, então recém-formado em Direito. Este fato foi importante na medida em que o ressarcimento monetário daí oriundo propiciou os recursos que poderiam ser temporariamente alocados na construção do templo em Bom Retiro, que era urgente, para atender aos exíguos seis meses que a empresa vendedora exigiu para conclusão de, pelo menos, parte do projeto.

Finalmente o templo seria construído. Houve mutirões para construção das sapatas, obra civil, muitos irmãos participaram diretamente; e o templo foi concluído e inaugurado com sua bancada feita das tábuas que sobraram da construção. Após tanto tempo, desde 1966, finalmente aqueles irmãos chegaram á sua Canaã, seu templo próprio.

Nota: Breve relato feito por José Maria Vidal, conforme pesquisa a atas da IBCI, IBBR e depoimento pessoal do Pastor Ribeiro e irmãos Heli e Lígia Martins, Adealde Alves de Assis e Pastor Nágimo Nagib de Salles.
Este relato cobre apenas do período referente ao inicio até a compra do lote. Mais tarde será complementado

B - REFLEXÕES SOBRE OS 30 ANOS DA IBBR
Texto Básico: Deut - 6: 20 a 21
Por: Sérgio Costa - Vice-presidente da IBBR - slcosta@gmail.com

Temos uma igreja forte, muito organizada onde convivem harmoniosamente lideres e pastores. Temos mensagens todos os domingos que realmente edificam os crentes; traçamos metas e alcançamos objetivos. Duas igrejas organizadas, três congregações. Temos templo construído e uma membresia da melhor qualidade.

O que a Historia tem a nos dizer?
Com a Reforma Protestante aprendemos que a democracia é um grande bem e também que a educação é um grande bem;
Com os Batistas Tradicionais aprendemos que a cooperação entre igrejas ensina o povo de Deus a trabalhar em equipe;


Cenário externo - 1977 a 2007
Compramos o lote onde se construiu a igreja a preço de mercado e com a exigência da Usiminas de construir rápido (Isso é um excelente começo, com Davi aprendemos que o Senhor merece o nosso sacrifício).

Nesse belo terreno, construímos um templo que durou ate 1984. De 1984 até 1986, reconstruímos nosso templo e, na primeira metade da década de 90, realizamos a ultima reconstrução.

O ano de 985 é o final da ditadura militar e o Brasil politizou-se de Norte a Sul. O Pr. Fanini deu apoio ao presidente João Figueiredo e isso acabou gerando uma ação contrária, levando muitos batistas a apoiarem os movimentos de esquerda, particularmente aqui em Ipatinga de maneira mais intensa, e os ministérios do Pr. Roberto e do Pr. Juracy sofreram muito com isso. O Pr. Roberto optou pela tolerância e o Pr. Juracy pelo confronto, o que combinado acabou gerando um resultado extremamente positivo que foi a formação de um grande numero de líderes com preparo e habilidade para encaminhar corretamente os assuntos da igreja.

A partir da década de 90, surgem as mega igrejas e os mega pastores que apresentam como principal característica uma ruptura com os valores históricos das igrejas evangélicas e um retorno ao catolicismo na forma de governo da igreja. A IBBR soube manter-se livre dessa deletéria influência. 2007 é um tempo em que a gestão de Ipatinga é evangélica, embora não compartilhe de nossa visão histórica em relação à separação entre igreja e Estado. A IBBR soube manter a necessária distância e o faz muito acertadamente.

Seqüência de fatos:

Pr. Israel
A igreja ainda mantinha características de congregação, foi um ministério muito curto, mas marcou por um significativo crescimento da igreja;

Pr. Roberto de Oliveira
Um ótimo crescimento, muito investimento em evangelismo, mas uma igreja ainda com algumas características de congregação devido à falta de lideres em número suficiente para apoiar o ministério pastoral; são organizadas duas congregações uma em Iapu e outra no Bela Vista. A maioria dos esposos e esposas não crentes é batizada pelo Pr. Roberto. A União Feminina Missionária compra uma casa onde hoje é o templo da igreja em Iapu. Construção da estrutura do atual templo da IBBR com muito sacrifício.


Pr. Juracy
Cria-se uma estrutura organizacional para a IBBR; grande investimento na formação de lideres com frutos duradouros para a igreja; reforma e acabamento do templo; implanta-se o encontro de casais; implanta-se o ministério Korban, implantam-se as congregações no Cidade Nobre e em São João do Oriente. Aprofunda-se a visão missionária da IBBR. Contrata-se ministro de música e melhora-se muito o culto e a reverência. Adquire-se quatro propriedades no Bela Vista que serão muito úteis para a expansão dos trabalhos.

Pr. Josué
Ênfase no evangelismo, a IBBR experimenta um crescimento fantástico; implanta-se a igreja em células; contrata-se o Pr Evaldo como copastor; deixou dinheiro em caixa suficiente para a compra do lote onde estará localizada a futura Igreja Batista no Bairro Cidade Nobre; pregou o evangelho em diversos locais na cidade, inclusive regularmente na Câmara de vereadores de Ipatinga; criou o slogan: “IBBR, uma família que quer amar você”.
Pr. Cioli
Construindo uma bela historia, dando seqüência aos projetos iniciados pelo Pr. Josué e retomando a vocação missionária da igreja. Implantou o projeto POLEM; o projeto Vida Vitoriosa; adquiriu propriedade no Bairro Cidade Nobre e a realizou a construção da Estrutura da futura igreja; iniciou a construção do prédio de Educação Religiosa em São João do Oriente; implantou o ponto de pregação em Araripe; contratou o Pr. Nágimo Jr. para ministério com jovens e o Maestro Marcelo como nosso ministro de música. Ocorreu um aumento do número de vocacionados na igreja.

As lições que aprendemos com nossos acertos e erros:

1) Quando se vai convidar um pastor, só chamar um segundo, quando o processo com o primeiro já estiver encerrado;

2) Quando se for construir um templo, deve-se fazer um projeto definitivo para evitar desperdício de dinheiro e tempo com retrabalho;

3) Para se colher frutos duradouros, é preciso construir uma historia da qual não tenhamos do que nos envergonhar. Não se pode ficar correndo atrás de modismos e de facilidades. Construir uma historia leva muito tempo;

4) A igreja, se quiser fazer diferença, e influenciar positivamente o mundo, precisa ter a capacidade de honrar e apoiar seus pastores, mas ao mesmo tempo, é preciso certificar-se antes de oficializar o convite se os projetos desse pastor vão ao encontro da visão geral da igreja;

5) Mesmo que haja discordância em um ou outro ponto, é preciso permanecer juntos e unidos, nada de divisões, nada de rachas. A IBBR é um bom exemplo de igreja sem cresce sem divisões;

6) Não baratear o evangelho no afã de encher a igreja a qualquer custo;

7) Não misturar com política partidária e nem buscar favores do poder publico, mas trabalhar pelo bem comum. A salvação é o maior bem que o individuo pode ter e uma vez salvo e versado na palavra de Deus, o homem contribui para a transformação da sociedade;

8) O pastor que chega deve conhecer a igreja por si mesmo, não deve permitir que o que deixa a igreja passe a sua impressão nem se deixar levar pela opinião de membros da igreja;

9) A democracia é um grande bem, mas deve ser exercida antes da execução, raramente durante e nunca depois. O que passou, passou. Com a historia construída, devemos estabelecer planos na dependência de Deus para apresentarmos ao Senhor sempre melhorando.
Perspectivas Futuras:

A IBBR é uma igreja madura, pode estabelecer projetos arrojados de evangelização e de ação social, embora a maior vocação da igreja seja no primeiro campo. A IBBR vai se firmar como um notável centro de formação de pastores e líderes de igrejas batistas. O pastor Cioli exercerá um ministério duradouro aqui entre nós e fará com que nossa igreja interfira positivamente no campo mineiro. O trabalho em equipe da IBBR marcará de maneira singular e despertará a atenção de muitas igrejas quando os modismos passarem. DEUS REALIZARÁ GRANDES COISAS ENTRE NÓS.
A IBBR terá que convencer nossos jovens que a melhor forma de contribuir com a causa do evangelho é preparando-se como vocacionados para exercer as mais diversas profissões seja na obra do Senhor, seja nas profissões seculares.

A solenidade dos 30 anos marcará positivamente a igreja para prosseguir firme e viva na propagação do evangelho de Jesus.

C - CULTO SOLENE DO TRIGÉSIMO ANIVERSÁRIO DA IGREJA BATISTA DO BOM RETIRO - “Uma Igreja que quer amar você”

Gosto muito de História. Na minha primeira aula do ano, desta matéria, na oitava série, meu professor citou Cícero; filósofo Romano, expositor da filosofia grega: História é, na verdade, a testemunha dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória, a mestra da vida, a mensageira da antiguidade. (“Historia vero testis temporum, lux veritatis, vita memoriae, magistra vitae, nuntia vetustatis” “De oratore II, 9-36”).

Nesta acepção, conforme Heródoto, historiador grego, História pode significar estudo, entendendo-se como tal, a indagação, a averiguação e a investigação sobre o passado.

Por outro lado, o homem, pensando em seu bem-estar, deseja acumular necessário e suficiente conhecimento para a construção e desfrute de uma vida compatível com suas expectativas terrenas. Mas isto é impossível individualmente porque a vida humana é curta e, o conhecimento necessário e desejável para tal, é algo que só se consegue coletivamente, acumulando-o ao longo do tempo.

Todavia, se a vida do homem é tão curta que, à luz da eternidade, todos são contemporâneos, esta contemporaneidade é desejável porque possibilita a convivência coletiva e o conseqüente compartilhamento e encadeamento de experiências que podem levá-lo, do ponto de vista humano, ao conhecimento necessário para a concretização de suas expectativas. Esta contemporaneidade, portanto, só se materializa se formos capazes de convivermos e nos relacionarmos adequadamente.

A condição primordial para esta contemporaneidade, que pode nos levar ao necessário conhecimento, é o conhecer e apossar-se da História, porque “a experiência individual guia os passos do homem maduro, mas a experiência coletiva ilumina o futuro”. Afinal, História significa a indagação, a averiguação e a investigação sobre o passado, necessárias ao conhecimento e crescimento, e é feita coletivamente.

Trazendo para o lado dos relacionamentos, devemos levar a História de cada um, cada pessoa, em consideração porque isto leva ao conhecimento e respeito mútuo; afinal, tendemos a respeitar o que conhecemos. O respeito a cada um, resultará no respeito à coletividade e abrirá caminho para o compartilhamento e relacionamento que nos levará a uma vida melhor.

Aqui estamos para fazer História. Fazê-la não é simplesmente relembrar fatos a simples pretexto de nostalgia. Esta é passageira e apenas diz respeito a algo que já se passou, o que já se foi, não é reflexão. Aqui estamos para rememorar fatos, dá-los a conhecer, divulgar, mostrar e refletir sobre um pouco do que fizemos, do que somos e do que temos o compromisso de fazer, continuar fazendo e refletir sobre nossa História, afinal. Apossarmo-nos dela para, com mais convicção, caminharmos adiante. Ela é o fundamento para continuarmos a caminhada com mais certeza de acerto.
Na verdade, o que foi dito, pode ser considerado, simplesmente, uma maneira mais elaborada de lembrar que precisamos estar atentos para refletir e nos lembrar de onde viemos e quem foi que fez ou contribuiu para a realização de cada coisa da qual usufruímos no dia-a-dia.

Assim estaremos conscientes da importância e valor de cada um no nosso meio, respeitaremos, seremos respeitados e teremos uma Igreja ou a coletividade onde vivemos preparada para, a cada momento, atingir seu objetivos e chegar onde precisa.

Deus, entretanto, é o senhor da História, somente a ele toda honra e toda glória. Tudo o que foi feito foi com sua permissão por obra da sua graça. Somos apenas instrumentos. Mas podemos também, a todo tempo, nos lembrar e agradecer a ele por todos aqueles que colocou e tem colocado em nosso meio para serem, a seu tempo, instrumentos da sua obra.

A Bíblia nos relata as festas memoriais dos Judeus, cujo objetivo era rememorar seus feitos, vitórias e, sobretudo, compromisso com Deus, a quem era devido a todas as vitórias e conquistas que empreendiam. Assim também hoje estamos com esse mesmo propósito. Parafraseando Paulo, o que foi feito o foi porque todas as coisas pudemos naquele que nos fortalece. Somos, simplesmente, instrumentos nas mãos de Deus que nos tem possibilitado levar adiante sua obra.

Podemos dizer: Igreja Batista do Bom Retiro, 30 anos de vitórias; “Até aqui o senhor nos ajudou; grandes coisas Deus fez por nós, e por isso estamos alegres” (I Sam 7.12 e Sl 126.3).

Ipatinga, 10 de dezembro de 2007.
José Maria Vidal.