ABRAÇANDO A JUSTIÇA DIVINA
 

 

INTRODUÇÃO
Podemos perceber nestes versículos a grande dor que o apóstolo Paulo sentia ao ver seus “irmãos” judeus rejeitando o salvador Jesus Cristo. Ao rejeitarem a Cristo estavam rejeitando a única forma do ser humano alcançar a salvação e a vida eterna. Por isso, Paulo expressa sua dor e angustia e fala de suas súplicas a Deus em favor de seus compatriotas e familiares judeus. Ele clamava ao Senhor para que estes aceitassem a salvação em Jesus Cristo.

Mas a pergunta que devemos fazer aqui é:

 Por que os judeus (povo da alinça) rejeitaram a salvação oferecida pelo próprio Deus de Israel?

 Como que aqueles que esperavam a promessa de redenção não a obtiveram?

A resposta a estas perguntas são respondidas por Paulo no próprio texto, porque estabeleceram uma “justiça” própria. Assim quando Deus manifestou sua forma de justiça (que é a forma como Deus salva o indivíduo através da fé) eles a rejeitaram, pois já haviam formulado suas próprias formas e regras para a salvação.

Vimos então que a “justiça própria” é o elemento principal para a rejeição dos judeus ao plano de salvação que Deus, desde a eternidade, havia preparado para a humanidade e que se concretizou na história por meio da vida, morte e ressureição de Jesus Cristo. A “justiça própria” (que é uma justiça particular de cada indivíduo ou grupo) foi e continua sendo o grande obstáculo para que pessoas, de todas as etnias, culturas e classes sociais, rejeitem a justiça de Deus e sua salvação.

Veremos então o que é esta “justiça própria”, quais são os motivos que tal “justiça” desvia e impede a tantas pessoas de se apropriarem da “Justiça de Deus” que declara justo todo aquele que confia no sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário.

1. A “JUSTIÇA PRÓPRIA”
A “justiça própria” que os judeus estabeleceram foi alterar a Lei de Moisés, que deveria mostrar ao povo judeu a necessidade de um redentor, para um sistema de regras e tradições que tornariam os praticantes zelosos do judaísmo pessoas justas e merecedoras da salvação. Assim ao invés de serem, através da lei, conduzidos a Cristo, o Cordeiro de Deus, foram afastados, por um zelo sem entendimento, do Messias, a tanto por eles esperados.

Mas há também a “justiça própria” que as pessoas, em toda a história da humanidade, tem formulado para justificar seus comportamentos e condutas perante a sociedade e perante a Deus. Esta justiça que se baseia em critérios e valores por elas mesmas estabelecidas, na maioria das vezes, baseado na sua própria opinião, tem conduzido muitos para longe dos caminhos do Senhor. Porque uma vez estabelecendo nossa própria justiça rejeitamos a verdadeira justiça que é a de Deus.
Agora que compreendemos o que é “justiça própria” veremos os seus efeitos e como essa tem, por muitos séculos, desviado multidões da graça salvadora de Jesus.

a. Disfarça a necessidade da salvação
A pessoa enraizada em sua justiça própria não percebe seus pecados, pois seu coração está iludido. Ela tem sempre uma desculpa e justificativa para suas atitudes. Se considera uma pessoa boa e justa. Tem os seus pecados, ela admite, porém suas boas ações recompensam suas faltas. Tudo está bem equilibrado na sua balança. Para cada falta um boa ação, para cada atitude egoísta uma ação altruísta.

b. Sustenta um zelo religioso
Precisamos destacar aqui também o zelo religioso que os judeus tinham e tem até hoje. Porém, como Paulo frisou, sem entendimento. E este zelo por Deus sem o conhecimento da graça é um esforço inútil, pois não tem a aprovação do próprio Deus. Isto mostra que a intenção desprovida do conhecimento não tem valor algum. Por isso precisamos fazer a obra de Deus com zelo e motivação, mas sempre com o entendimento da vontade de Deus. É preciso conhecer a Deus e a sua justiça se queremos realmente agrada-Lo e receber sua graça salvadora.

c. Transformam-se em orgulhosas
Tal ignorância a respeito da justiça de Deus não é por falta de nunca terem ouvido dela, mas por se recusar a aprender. Não queriam se sujeitar a Deus. Orgulhavam-se de suas boas obras e virtudes religiosas e não desejavam reconhecer seus pecados nem crer no Salvador.
Há caminhos que parece certo ao homem, mas no final conduz a morte. Pv14:12

2. A JUSTIÇA DE DEUS
Esta justiça é a salvação que Deus oferece a todos que com fé e arrependimento aceitam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida. Não está fundamentada no mérito humano, mas no sacrifício vicário de Jesus, o Filho de Deus, no sangue derramado na cruz que purifica o pecador tornando-o limpo e santificado diante de Deus. A Justiça de Deus é a forma como Deus justifica o pecador por meio da fé, declarando-o justo diante Dele. E isso através da morte e ressureição de Jesus Cristo.
Porque no evangelho é revelado a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “o justo viverá pela fé”. Rm1:17

Percebemos então um grande contraste entre a “justiça própria” e a Justiça de Deus. Pois a primeira exalta o próprio indivíduo, já a segunda Glorifica a Deus. Na justiça do homem não há espaço para Deus, Cristo é apenas um expectador que observa de longe. Já na Justiça de Deus, Cristo é tudo, tudo é nosso e nós de Cristo.

PERGUNTAS
Antes de responder as perguntas, faça a leitura dos seguintes textos bíblicos: Rm 3: 9-31 / Rm 10:1-13

 Por que os judeus (povo da aliança) rejeitaram a salvação oferecia pelo próprio Deus de Israel? Como que aqueles que esperavam a promessa de redenção não a obtiveram?

Discuta com o grupo qual a diferença entre a “justiça própria” e a Justiça de Deus?

 Quais são os efeitos nocivos que a “justiça própria” produz nos corações das pessoas? Qual deles você considera o mais evidente na vida das pessoas?

 Em que justiça você tem estabelecido sua vida? Na Justiça de Deus ou em sua própria justiça?

 Você tem entendido a vontade de Deus para sua vida?

 Você tem confiado sua salvação em Cristo?

Data publicação: 26/04/2018