Deus nos deu um Rei
 

 

Deus nos deu um Rei
1Sm 8.1-22 RAFAEL ARAÚJO

Não foi a primeira e nem a última vez, que o povo de Deus agiu influenciado (seduzido) pelas nações vizinhas. Mais uma vez vemos Israel admirado com os métodos e comportamentos das nações ao seu redor. O povo de Deus, separado para mostrar ao mundo o Deus vivo, por meio da obediência e confiança no Deus vivo, acabam por exigir de Samuel, um rei semelhante ao das nações vizinhas, pois queriam se tornar igual a elas.
Os israelitas queixam-se das injustiças cometidas pelos filhos de Samuel, mas o motivo por trás de suas exigências é o desejo de ter um líder militar que garanta a segurança nacional.
Os líderes de Israel não estavam rejeitando, deliberadamente, a Deus, eles apenas queriam algo mais tangível, que pudessem ver e talvez compelir Deus em intervir em favor deles. Ao que parece, os israelitas não confiavam plenamente que o Senhor os protegeria.
Do ponto de vista dos israelitas, eles não estão pedindo um rei no lugar de Deus, mas querem um rei como meio para compelir Deus. Do ponto de vista de Deus, essa é uma rejeição de seu governo, pois desejam controlar diretamente seu destino e o próprio Deus. Seu pedido é contrário ao tipo de submissão e fé que Deus exigia deles.
Ao observarmos este texto podemos tirar algumas reflexões importantes e assim não cometer os mesmos erros que os israelitas cometeram ao pedir a Samuel um rei como as outras nações tinham e assim, evitarmos as duras consequências que eles sofreram por esse pecado.
1. Seus olhos não estavam e Deus, mas no mundo.
O povo de Israel desviou seus olhos do Senhor e do seu chamado, e passaram então a observar os povos vizinhos e desejaram ser iguais a elas. Acharam mais interessante ter um rei com exércitos, carros e cavaleiros do que ter um Deus Todo-Poderoso habitando no meio deles. Deixaram seu chamado para serem “luz em meio as nações” – uma referência para o mundo – para imita-las e as tê-las como modelo. Isso foi um grande erro, pois o povo de Deus é quem precisa demonstrar ao mundo como viver em santidade, justiça e amor.
2. Um desejo pode cegar o entendimento
Quando olhamos muito para algo, inevitavelmente, passaremos a desejá-la. Este desejo pode e irá se tornar um anseio, uma obsessão, e esta obsessão cega o coração, roubando do indivíduo o bom senso e a habilidade de avaliar as situações nas perspectivas corretas. O povo de Israel não conseguia ver o mal que estavam fazendo, a si próprio, por rejeitarem a
Deus para terem como governante um rei humano.
3. Eles decidiram influenciado pelo medo
Em 1 Samuel 12.12 nos mostra que o povo de Deus estava sendo ameaçado pelo exército de Naás, rei dos Amonitas, quando pediram para Samuel um rei. Quando estamos sofrendo algum tipo de ameaça ou intimidação, tendemos a agir por desespero, pois entramos em pânico, buscamos soluções pragmáticas que a princípio resolvam os nossos problemas, mas que a longo prazo podem se tornar um problema ainda maior. Não devemos agir compelidos pelo medo, na verdade, não podemos nutrir o medo em nossos corações, pois Deus está no controle de podas as coisas, e Ele está cuidando de nós. Deus é o Rei soberano, ele governa sobre todas as coisas.
Jamais devemos agir ou decidir por medo, mas sim no temor do Senhor.
4. As consequências dos governantes humanos
Toda decisão traz consigo suas consequências. E substituir Deus por um governo humano traria ao povo de Israel grandes consequência negativas.
Deus manda Samuel advertir o povo sobre as reivindicações de um rei humano, mostra-lhes o preço e o peso que eles teriam que pagar por um rei e seu exército. Eles seriam oprimidos e privados de muitas coisas, teriam seus filhos e suas terras confiscadas, e estariam sujeitos aos caprichos e vaidades de seus reis.
Em suma, suas vidas estariam alicerçadas e comprometidas com tais governantes.

5. Deus nos deu um Rei segundo o seu coração
Apesar de rejeitarmos a Deus e pedirmos um rei para governar sobre nós no lugar do próprio Deus, o Senhor, em sua graça maravilhosa, promete enviar-nos o Rei divino,
“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros.
E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz”.
Isaias 9.6
Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o Rei prometido e convida a todos a entrarem no seu Reino,
“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11.28-30
Hoje você pode decidir se continuamos sobre os jugos pesados e opressores dos humanos, que tem os corações enganosos e corruptos, ou vamos até Cristo, que é manso e humilde de coração.
Perguntas

• O que levou a liderança de Israel pedir ao profeta Samuel um rei? Qual a verdadeira motivação por trás desse pedido?

• Por que esse pedido desagradou a Samuel e ao próprio Deus?


• Quais os perigos de desejar muito uma coisa? Por que Israel não considerou as advertências de Deus a respeito de se ter um rei? Como isso se aplica a nossas vidas?

• O amor de Deus é imenso. Pois mesmo os homens o rejeitando-o, nos enviou um Rei, Jesus Cristo, para reinar sobre nossos corações e assim sermos felizes. Quem tem reinado em seu coração: Cristo Jesus ou o seu próprio “eu”?




Data publicação: 17/05/2022