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 Soundbytes 2 - Adoração: Essência e Forma
 


 

Tendo sido desafiados a desatar este cordão mental que associa adoração e louvor à música, ou mesmo a um estilo musical específico, é importante então estabelecer definições para cada um dos termos mencionados. Neste artigo, desejo que voltemos a refletir sobre o termo “adoração”, buscando ver que relação existe entre ela e a música.

No Antigo Testamento mais de uma palavra é usada no hebraico para expressar os sentidos do termo adoração. Elas descrevem principalmente gestos externos de prostração perante um superior, assim como a ideia de serviço e obediência. O Novo Testamento expressa o significado de adoração pela palavra προσκυνεω (proskuneo), a qual se refere ao ato de beijar e se prostrar em profunda reverência. O número de definições em existência que tentam explicar sucintamente o que significa adoração é enorme, mas em essência, a maioria dos estudantes da Palavra de Deus identificam o seu sentido de uma maneira holística, isso é, que a adoração é praticada em todas as áreas e tempos da vida, e não é limitada a um ritual que denominamos de culto. O renomado pastor e autor John Piper oferece a seguinte definição para o termo: “A essência da adoração . . . é o ato interior de valorizar a Deus no seu coração como tesouro. As formas externas de adoração são atos que se faz para demonstrar ou refletir o quanto o coração valoriza a Deus”.

“No livro Christian Worship: Its Theology and Practice (O Culto Cristão: Sua Teologia e Prática), os autores Franklin Segler e Randall Bradley acompanham o ato de adoração (culto) desde seu início no Antigo Testamento, e revelam uma evolução de uma forma bem simples até os rituais elaborados do Templo. Uma das armadilhas humanas nas quais muitos leitores da Bíblia caem, é de interpretar um ato descrito na Bíblia como prescritivo (uma fórmula para ser seguida em estrita exatidão) e não como descritivo, (apenas uma narrativa em uma situação pontual), como é frequentemente o caso. O ato de prostrar-se identificava a atitude de adoração para o leitor dos textos na antiguidade. Porém, apesar desta postura ainda ser frequentemente usada, os atos de adoração em nossos tempos estão firmemente “atados” muito mais enfaticamente a formas de cânticos, assim como o elevar das mãos, o fechar os olhos, ou mesmo ao período específico no culto, quando os cânticos estão sendo entoados de maneira repetitiva. Se fossemos interpretar as palavras bíblicas como prescritivas, estas formas ou expressões que usamos estariam incorretas, pois a verdadeira adoração somente existiria se nos prostrassemos físicamente!!”

Concordo com John Piper, entre inúmeros outros intérpretes bíblicos, que faz distinção entre formas de adoração e a adoração em si. A declaração do Senhor Jesus à mulher samaritana, encontrada em João 4:23, diz que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai “em espírito e em verdade”. Cristo também afirma, contradizendo a opinião em voga entre os judeus, que esta adoração não estaria mais ligada a um local, mesmo este tendo sido anteriormente escolhido por Deus mesmo! Ele não fala das formas de expressão, mas se refere à sua essência, à sua raiz e à sua genuidade.

Adoremos o nosso Pai! Entreguemos a nossa vida com corações sinceros, valorizando Quem Ele é em Sua essência, e o que isso significa para as nossas vidas. Esta adoração estará acontecendo quando andamos com Deus, seja qual for a atividade na qual estejamos envolvidos – o nosso Rei seja glorificado nela! Quando caminhamos, dirigimos, trabalhamos, nos divertimos, adoremos o nosso Pai. Quando oramos, nos prostramos, lemos Sua Palavra, meditamos nela para que Ela se manifeste nas nossas vidas, e até quando cantamos salmos, hinos e cantos espirituais, por meio de todas estas e outras formas adoremos o Pai com base nestes dois dos dois alicerces: espírito e verdade!

Elcio Portugal

B. M. e M.M.
Ministro de Música da Igreja Batista do Bom Retiro, Ipatinga, MG

9 de julho de 2015
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031-8631-1939


20/07/2015