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Soundbytes 5 - O Poder da Música
Criada por Deus e doada ao ser humano, a música é um veículo poderoso para “conversar” com o Senhor, e sermos atalaias da Sua mensagem. Este poder é expressado nas Escrituras através de várias declarações e eventos. Na nossa experiência pessoal, notamos também que ela demonstra ter o poder de nos transportar mentalmente a outros lugares, ou de criar e re-criar emoções que experimentamos, algumas das quais já haviamos esquecido. Preceitos e proposições sobre este fenômeno surgiram e foram registrados desde o mundo antigo. Desde Platão até o presente, músicos, filósofos, assim como outros pensadores interessados no assunto, contribuíram a esta temática.
Nos próximos artigos estaremos fazendo uma excursão, e conhecendo a percepção humana sobre a música através dos tempos. Buscando ser fiel à nossa proposta de fundamentar todo o nosso entendimento naquilo que Deus nos revelou em Sua Palavra, a primeira parada – e a mais importante – será agora na revelação divina. De forma alguma poderíamos explorar extensivamente tudo que a Palavra de Deus nos diz a este respeito, mas oferecemos alguns pontos que identificam os propósitos e a convicção divina do poder da música para conduzir uma mensagem.
O livro de Gênesis registra que Jubal, da descendência de Cain, foi “o pai de todos que tocam harpa e flauta”, assim estabelecendo o fato de que, além da voz humana, instrumentos musicais faziam parte do contexto da existência humana desde cedo na nossa história, mesmo que não conhecemos os detalhes da criação daqueles primeiros instrumentos. Em Êxodo 15, após cruzarem o Mar Vermelho, Moisés e todo o povo recontaram o evento que acabara de ocorrer por meio de um cântico. Ele serviu de louvor a Deus e de inspiração para as gerações até hoje. Em Números 21, quando o povo de Israel estava no deserto, eles cantaram uma oração na expectativa de que o poço lhes ofereceria água como Deus havia prometido. Anos depois, em Deuteronômio 31 e 32, lemos que Deus comanda a Moisés que escrevesse um cântico que continha aparentemente porções da lei, promessas e exortações, com o propósito de deixá-lo como testemunha. Josué 6 nos diz que Deus instruiu que os sacerdotes tocassem trombetas e indicassem o momento quando o povo gritaria e as muradas de Jericó cairiam. Em Juízes 5 lemos a história da profetiza Débora que, em vista à vitória conquistada cantasse e chamasse reis e povos a ouvirem o louvor que oferecia ao Senhor. Sem dúvida, a referência clássica no Antigo Testamento acerca do poder da música sobre o ser humano se encontra em 1 Samuel 16:23: “E quando o espírito maligno da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele.”
A inferência que percebemos nestas poucas instâncias mencionadas acima é que Deus mesmo incita a formulação de cânticos para cumprir os Seus propósitos. Ele registra o nome da pessoa que aparentemente criou e promulgou o uso de instrumentos, os quais se tornaram veículos do Seu louvor (ver Salmo 150, por exemplo), e os utiliza para direcionar batalhas; o Senhor comanda a escrita de cânticos em várias situações para servirem de memoriais do Seu poder e da Sua glória; Deus demonstra que ouve e responde orações feitas por meio de cânticos. Nos impressiona também o fato de que cânticos foram transportadores da revelação da Palavra divina, instrumentos foram parte do Seu plano. Tudo isso sugere que, em forma musical, a Sua mensagem já revelada pode e deve ser promulgada efetiva e prolongadamente.
Elcio Portugal, B. M. e M.M.
Ministro de Música da Igreja Batista do Bom Retiro, Ipatinga, MG
16 – 21 de agosto de 2015
elelportugal@gmail.com
031-8631-1939
16/09/2015
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