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					Soundbytes 6 - O Poder da Música (2) 
 Continuamos nossa excursão através dos tempos para entender a percepção humana a respeito da música.  Quero sugerir que você, leitor, guarde em mente esta seguinte proposta: que grande parte da discussão sobre música trata da questão da existência ou não de uma capacidade moral na mesma.  Após esta breve revisão que estamos fazendo, tentaremos chegar a uma conclusão lógica (assim como verdadeira e bíblica) para este questionamento.
 
 Desde a Grécia antiga até o presente, não somente músicos, mas também filósofos já contribuiram para a discussão do poder e da capacidade moral da música.  Por exemplo, “em República, Platão explica a sua opinião sobre as qualidades dos modos (escalas musicais) do seu tempo”.   Crendo que o ritmo e a harmonia penetravam até a alma, Platão ensinava que certos modos (o que ele chamava de harmonia) promoviam influências positivas, enquanto outros negativas.  Pitágoras, Demócrita e Aristóteles também estão entre os que expressaram as suas visões sobre a música.
 
 Depois de Cristo, se destaca em especial Boécio e seu tratado De Instituitione Musica.  No mundo ocidental da idade media e da Renascença muitos filósofos buscaram respostas nas filosofias do mundo antigo, mas também desenvolveram novas idéias as quais foram progressivamente adicionadas à extensão da percepção musical.   Entre estes se encontram os reformadores João Calvino e Martinho Lutero, que criam fortemente no poder da música, apesar de não terem a mesma visão quanto à forma musical apropriada para a igreja.
 
 Curriculos inteiros já foram desenvolvidos à base de idéias sobre aquilo que a música pode fazer e deve fazer a nós como indivíduos e membros da sociedade.  Vários estudiosos e pregadores se tornaram a certas filosofias deste longínquo passado (sem autoridade bíblica) e estabelecem regras sobre o que é uma música boa ou ruim para a sociedade em geral.  O conceito frequentemente promovido é que a música (significando um estilo de música em particular) é a mensagem por si própria, independentemente de letra e outros aspectos.  Sem clara base bíblica, os promotores desta visão determinam, de forma semelhante aos filósofos desde a antiguidade, uma qualidade moral absoluta a certos estilos ou características musicais.  Será que é realmente assim?  No próximo artigo apresentaremos  alguns comentários de músicos do passado.
 
 Elcio Portugal, B. M. e M.M.
 Ministro de Música da Igreja Batista do Bom Retiro, Ipatinga, MG
 5 de setembro de 2015
 elelportugal@gmail.com
 031-8631-1939
 
 
 16/09/2015
 
 
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