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 Soundbytes 11 - O Que Realmente a Bíblia diz sobre a música ? (2)
 


 

Soundbytes 11

O Que Realmente a Bíblia diz sobre a música ? (2)

Música no Período dos Reis

A combinação da prática musical com a proclamação da Palavra de Deus aparentemente se firmou como tradição ao longo dos 400 anos dos juízes de Israel. Quando Samuel estava no processo de proclamar Saul rei de Israel, ele disse que Saul iria encontrar “um grupo de profetas descendo do alto, precedido de saltérios, tambores, flautas e harpas, e eles profetizando” (I Samuel 10:5). Após este encontro, Saul seria levado pelo Espírito de Deus a profetizar e seria “transformado em um outro homem” (I Samuel 10:6). Como músico confesso que tenho uma curiosidade enorme sobre a música que estes profetas tocavam. Mas, por outro lado, a falta de esclarecimento sobre a música (fora a lista de instrumentos) neste texto também me ensina que Deus não se preocupou em deixar esta informação para saciar esta minha curiosidade, e (o que seria muito mais perigoso) assim dando espaço para que pensemos que a mera reprodução da mesma música ou estilo traria o mesmo resultado – plenitude do Espírito Santo e transformação. Não, creio, que este não é ( seja ) o caminho! É importante não esquecer que foi Deus que operou pelo Seu poder. A possível instrumentalidade da música não é um controle técnico que “liga” ou “desliga” o Espírito de Deus. Ele é soberano e usa os homens e as ferramentas como deseja.

Ainda durante o reinado turbulento de Saul, aparece o personagem Davi – um pastor de ovelhas que amava a Deus e o louvava com a música vocal e instrumental. O texto de 1 Samuel 16:15-23 nos informa que Daví foi chamado para pacificar o espírito do rei Saul que estava sob o controle de um espírito maligno. Daví tomava a sua harpa e a tocava. “. . . Então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele” (1 Samuel 16:23).

À primeira vista, o leitor poderia imaginar que a música de Davi teria um poder irresistível . . . será que poderiamos padronizá-la para que o Maligno saia do nosso meio? Porém, algum tempo depois, Davi estava novamente tocando para o Rei, e este “procurou encravar a Davi na parede” com uma lança, mas Davi conseguiu escapar. Então perguntamos: “Por que a harpa não funcionou desta vez para retirar o espírito maligno”? Não sei se podemos chegar a uma resposta conclusiva a esta pergunta, mas aprendo aqui que a música tem influência, porém não é irresistível. Portanto, ela não consiste de uma fórmula (perdoem o termo) “mágica” que controla e faz acontecer libertação. Deus é soberano e outra vez demonstra que a Palavra dele utiliza as ferramentas humanas (como a música), mas as ferramentas não se tornam ditadoras e profetas.

Enquanto a música servia para proclamar a voz de Deus e até para confrontar os espíritos malignos, ela não deixou de ser uma atividade celebratória no período dos reis. Muito pelo contrário, foi usada ainda mais ativamente que antes para júbilo, glória e louvor do nome de Deus pelas vitórias (1 Samuel 18:6). Lemos de cantos, dança e de muitos instrumentos. “E Davi, e toda a casa de Israel, tocavam perante o Senhor, com toda sorte de instrumentos de pau de faia, como também com harpas, saltérios, tamboris, pandeiros e címbalos”. (2 Samuel 6:5)

A expressividade celebratória diversificada da música no Antigo Testamento demonstra uma espontaneidade que revela a ação de Deus nas nossas próprias vidas. Não creio que devemos confiar no louvor, na música, em um estilo. Devemos confiar em Deus. Mas como mensageira, a música ressalta a importância daquilo que declaramos e desafia ao ouvinte a considerar o louvor sendo oferecido a Deus, ou a mensagem específica falada ao homem por meios musicais. Então, podemos celebrar o nome de Deus por meio da música? Não só podemos como provavelmente ( certamente ) devemos!

Elcio Portugal, B. M. e M.M.
Ministro de Música da Igreja Batista do Bom Retiro, Ipatinga, MG
24 de novembro de 2015
elelportugal@gmail.com
031-98631-1939


19/02/2016