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 ADORAÇÃO, O ATO DE OLHAR PARA CIMA – Salmo 95
 


 


INTRODUÇÃO

O Salmo 95 é um Salmo litúrgico, onde o salmista apresenta um modelo de culto. Uma forma completa de olharmos para cima, e experimentarmos tudo o que essa prática tem a nos proporcionar. Apesar do culto não ser a única forma de olharmos pra cima, talvez ele seja a forma mais concreta e poderosa de o fazermos.
Portanto, é importante refletir sobre o "olhar pra cima" a partir da perspectiva do culto, sua razão de ser e seu potencial em nossas vidas.
Segundo a tradição judaica, um Salmo como esse funcionava como uma liturgia de culto, ou uma ordem lógica a ser seguida de atos de culto.
Vemos nesse exemplo três elementos fundamentais e simples de se enxergar em um culto saudável e completo. Essa é a ordem dos atos proposta pelo Salmo em forma de liturgia.
Tudo começava com um cortejo, onde havia música, alegria, celebração e uma voz que convidava todo o povo a reunirem-se no tempo para o momento de adoração. Seguindo o cortejo, as pessoas caminhavam em grande celebração ao Grande Deus, e de repente se encontravam no templo sagrado, lugar de adoração. Então, se dobravam a majestade. Após se dobrarem e se renderem ao Senhor, ouviam uma Palavra especial de advertência a obedecer a lei. Esse era um caminho a ser percorrido ao olhar pra cima. Três diferentes atos, com motivos diferentes, porém iguais em importância e valor. Vamos olhar com mais cuidado para cada um desses atos e avaliar se nosso olhar para cima está de acordo com o que Deus espera de nós.

DESENVOLVIMENTO PRIMEIRO ATO - 1. Cantemos ao Senhor com alegria (v1)

A música tem sobrevivido ao longo de séculos na história da igreja como a principal ferramenta de adoração corporativa. "A igreja é um povo que canta”! E por algumas razões:

• A beleza das melodias associadas as poesias tocam profundamente nossa alma/sentimentos, unindo corpo (a mente que reflete e as expressões que comunicam), alma (os sentimentos e emoções que diante de Deus se derramam) e o espirito nos fazendo completos diante de Deus.
• Ela é capaz de unir 10, 100, milhares de pessoas em uníssono, dizendo ao mesmo tempo a mesma coisa.
• Ela tem poderosa força de memorização das verdades a respeito de Deus, uma grande responsabilidade para os compositores.

A música nos leva a presença dele... (v2)
O princípio por trás dessas afirmações é que Deus se fez acessível, e podemos nos achegar (somos convidados a nos achegar), não por nosso mérito, mas pelos méritos de Jesus, que rasgou o véu. A diferença sutil, que a bíblia as vezes chama de “entrar na Presença”, é tomar consciência e desfrutar de uma experiência com a mesma.

O que devemos então refletir, portanto, é que se vamos então “entrar" na Presença do Senhor, como devemos nos portar? Ao convidar à Presença, o Salmista antes desperta grande expectativa descrevendo aquele diante de quem vamos nos apresentar.

Pois o Senhor é o grande Deus, o grande Rei acima de todos os deuses. (v3)
Naquele tempo haviam diversas celebrações a outros deuses. Porém o salmista aponta o Senhor acima de todos eles, logo, digno de uma celebração ainda maior.

Nas suas mãos estão as profundezas da terra, os cumes dos montes lhe pertencem.
Dele também é o mar, pois ele o fez; as suas mãos formaram a terra seca. (v4 e 5) Para medir o poder de um rei, bastava-se observar até onde se estendia o seu reinado e governo.

Nesses versículos então o salmista apresenta o Senhor como o maior de todos os reis, pois seu reinado e governo alcança lugares impossíveis para qualquer rei humano. Lugares inatingíveis como: as profundezas da terra, o cume dos montes, o mar. Ele é Rei sobre tudo isso.

Tudo pertence a Ele. Então, é como se o salmista dissesse: "Ok, Israel, é desse Rei que eu e você estamos nos aproximando”. Ao olharmos para cima, é para esse Rei que estamos olhando. Nesse momento despertava-se no povo um sentimento profundo de reverência.

Reverência
Infelizmente a reverência tem sido confundida com uma forma de se expressar diante de Deus.

Temos uma ideia culturalmente religiosa que a reverência é sinônimo apenas de silêncio, ou uma forma comedida de expressar-se a Deus em oração e louvor. Mas a verdadeira adoração não é essencialmente sobre formas, mas sim sobre algo interior, espiritual e verdadeiro.

Haja vista todo o barulho que Israel fazia nesse primeiro ato de exaltação e alegria. Logo, reverência não está tão ligada ao ato externo, mas sim a uma consciência lúcida e viva que o Senhor está presente.
E se Ele está presente, isso exige de mim e da igreja uma RESPOSTA ADEQUADA. A verdadeira reverência nos mostra que a única coisa que não se deve fazer na

Presença é NÃO REAGIR.

SEGUNDO ATO - 2. Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador (v6)
Exatamente nesse momento quando com o entendimento somos convencidos do grande Deus ao qual estamos adorando, é que somos convidados então a nos dobrar.

O segundo ato é quando o cortejo chega então ao lugar sagrado, onde o tom das canções e as expressões mudam substancialmente.

Aqui o Salmo é ainda mais direto sobre a participação do nosso corpo na adoração, apesar de toda celebração descrita posteriormente já deixar claro tal envolvimento.

Isso nos traz um princípio importante sobre adoração: Nosso corpo fala. E fala com Deus.
Dobra-se diante do Rei é uma postura de suplica e rendição.
Os joelhos dobrados são a pintura de um coração que também está dobrado.

Pois ele é o nosso Deus, e nós somos o povo do seu pastoreio, o rebanho que ele conduz (v7)
O mesmo grande Deus é também o pastor que cuida das suas ovelhas.

Enquanto estamos ocupados em adorar o Rei, ele se faz também Pastor de seu povo, aquele que conhece nossas necessidades.
Ele cura nossas feridas, nos alimenta, nos dá orientação e apascenta o nosso coração.
Como um bom pastor, ele conta as suas ovelhas e as conhece pelo nome. Um toque de amizade e intimidade.


TERCEIRO ATO – 3. Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como em Meribá (V8)

Uma continuação desse modelo de liturgia era a advertência a respeito da obediência da lei. Logo após apresentar uma forma completa de olhar pra cima, o salmista alerta para que não endureçamos o coração ao recebermos esse convite.

E a razão de alguns não estarem prontos a oferecer culto ao Senhor era uma: INGRATIDÃO Enquanto a gratidão gera louvor, a ingratidão gera a murmuração. A gratidão é o principal combustível da nossa adoração pessoal e corporativa.

"Mesmo tendo visto tudo o que eu fiz”. Ainda assim não são capazes de olhar pra cima com admiração, respeito e profunda gratidão.

É tão bom receber a gratidão de alguém. Por outro lado, é tão doloroso receber apenas ingratidão.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:

1. Quando nós, como povo de Deus, nos aproximamos de sua Presença, a nossa expressão se parece com essa narrada pelo Salmista?
2. Nós estamos cantando com alegria? Temos ações de graça, e aclamamos o Rei
3. presente entre nós? Estamos oferecendo louvor digno de nosso Salvador? Estamos nos prostrando e nos dobrando diante do Majestade?
4. Se de fato pudéssemos vê-lo assentado em um trono bem na nossa frente, a cada culto. Será que nosso culto seria o mesmo?
5. “Enquanto a gratidão gera louvor, a ingratidão gera a murmuração.” Diante desta afirmação você pode dizer que tem adorado o Senhor?



10/11/2022