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1.
Identidade Visual do Projeto Videira
O projeto Videira foi implantado em 2006 no contexto da IBBR,
visando fortalecer o objetivo geral da Igreja, que é a
leitura e desenvolvimento espiritual através da Bíblia. Para
isso fez-se necessário também desenvolver uma identidade
visual para o Projeto. Para identidade visual do Projeto
Videira foi usada, como ícone de base a folha da Vide
3.1 Ìcone de Base e complementares
Esta faz referência à dependência que o crente tem da
palavra é da VIDEIRA , que é Cristo , para manter-se vivo
espiritualmente.
A seiva principal do Cristão é a palavra de Deus. Por isso
temos como corpo central da marca , em oliva a forma de uma
Bíblia aberta.
Também, lembrando duas asas, reforçam a importância da
anunciação da palavra, e da grande comissão dada aos
cristãos que assumem a responsabilidade de viver como
mensageiros de Deus. As asas também se referem ao caráter
sem fronteiras da palavra de Deus.
No centro , em amarelo banana está uma forma como uma chama,
que remete ao pentecostes, como sendo a Bíblia a linguagem
universalizada com
que Deus fala aos homens.
A imagem vista em sua totalidade assemelha-se também a uma
coroa, fazendo lembrar a busca do cristão à coroa da vida.
No centro vertical em verde oliva a representação de um
marcador de Bíblia
como símbolo da marca de Cristo impressa no seu povo.
A fonte em letra cursiva faz lembrar as gavinhas da planta
em questão, a videira.
2 . OBJETIVOS DO PROJETO VIDEIRA ( IBBR )
• Incentivar a leitura da Bíblia à partir de métodos
alternativos.
• Promover o crescimento intelectual de todos os membros da
IBBR no que diz respeito ao conhecimento da Bíblia, sua
compreensão e aplicação.
• Promover o crescimento espiritual no âmbito familiar e
eclesiástico.
• Trabalhar junto aos líderes da IBBR para que através de
todas as suas atividades sejam essencialmente bíblicos.
• Priorizar a Bíblia como objeto de estudo retornando a sã
doutrina.
3. ALGUMAS AÇÕES CONTÍNUAS DO PROJETO VIDEIRA
• Pregações enfatizando a relevância Bíblia e os valores
eternos de Deus para hoje.
• Incentivo ao estudo da Bíblia através da EBD.
• Incremento do discipulado e evangelismo como estilo de
vida da igreja através de Oficinas Bíblicas.
• Leitura sistematizada da Bíblia através das sequências
propostas, dentre outras.
4. Algumas regras básicas para a interpretação da Bíblia.
Na verdade, todos nós no nosso dia-a-dia fazemos
interpretação Bíblica para as nossas vidas. Quando lemos a
Bíblia procuramos decifrar subjetivamente o que ela
significa para nós. Segundo as doutrinas do sacerdócio
universal que diz que CADA CRENTE É UM MINISTRO e da obra
didática do Espírito Santo, cremos que qualquer cristão pode
entender o conteúdo básico das Escrituras.
Apesar da liberdade que temos, existem alguns princípios
gerais que precisam ser conhecidos e utilizados para uma
segura interpretação. Nesta cartilha veremos alguns
princípios que devem ser aplicados.
4.1 O desafio de trazer para hoje uma palavra que foi
escrita ontem
Um dos grandes desafios da interpretação é o desafio
cultural. A Bíblia foi escrita para pessoas de outro tempo.
Isso pode parecer estranho, mas vou já explicar. Quando, por
exemplo, o apóstolo Paulo sentou-se para escrever a sua
carta aos Efésios, ele não estava pensando nos cristãos
brasileiros. Sua atenção estava voltada para pessoas do
século I, que viviam dentro da cultura greco-romana-judaica.
Hoje, quando lemos a Epístola aos Efésios ou o Apocalipse,
ficamos às vezes desnorteados com algumas expressões e, pior
ainda, podemos compreendê-las mal. Daí podemos afirmar que a
primeira tarefa do intérprete bíblico é entender o que as
Escrituras significaram para os seus primeiros
destinatários.
A partir desse ponto, é que podemos estabelecer qual a
aplicação da mesma para hoje. Você então poderia perguntar:
Serão válidos para hoje o ósculo ( beijo ) santo, o véu no
rosto para a oração (1Co 11:13, 16:20)?
Para respondermos isso precisamos primeiro saber: "o que
significava o ósculo (beijo) e o véu na sociedade daquele
tempo?" Somente a partir daí é que poderemos transpor essa
barreira cultural, e fazer das Escrituras algo vivo pra você
que está aqui no século vinte e um. Para isso existem vários
instrumentos disponíveis em língua portuguesa: dicionários e
manuais e comentários bíblicos, livros dedicados a
reconstruir os tempos bíblicos e Atlas que permitem-nos
visualizar o arranjo político-geográfico dos tempos do Velho
e Novo Testamentos.
4.2 Cinco Regras Básicas de interpretação da Bíblia :
Regra 1 - Oração
Todo o trabalho de interpretação deve começar com a oração.
É necessário que nos cubramos com a proteção de Deus e
convidemos o Espírito Santo a ser o nosso Mestre.
Lembre-se : O Espírito Santo tem uma tarefa de ensinar-nos
acerca de Cristo (Jo 16:13-14).
Do mesmo modo, é o Espírito Santo de Deus quem nos mostra as
profundas revelações de Deus: "Mas Deus no-lo revelou pelo
Espírito, porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até
mesmo as profundezas de Deus... Ora, nós não temos recebido
o espírito do mundo, e sim, o Espírito que vem de Deus, para
que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente"
(1Co 2:10, 12).
Em outro lugar a Escritura afirma que nosso conhecimento
advém do fato de possuir uma unção do Espírito: "E vós
possuís unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento"
(1Jo 2:20).
O verdadeiro entendimento da Palavra advém, em primeiro
lugar, desse contato íntimo e freqüente entre o intérprete e
o Deus que inspirou as Escrituras.
Regra 2 - Cuidado com os textos "misteriosos"
Não dê atenção a textos obscuros. Pode parecer estranho, mas
esse é um princípio que eu considero dos mais importantes.
Alguns indivíduos tem o prazer em escarafunchar curiosidades
inócuas tais como quem era o jovem nu do final do Evangelho
de Marcos (Mc 14:51-52), os detalhes do batismo pelos mortos
citados por Paulo em 1Co 15:29, acerca da pregação de Cristo
aos espíritos em prisão, citada em 1Pe 3:18-20.
Assim, perde-se tempo analisando detalhes irrelevantes.
Essas questões podem parecer um "prato cheio" para os
eruditos e técnicos textuais do Novo Testamento, mas, na
maioria das vezes, dizem pouco ao cristão comum.
Partamos do princípio que todas as principais doutrinas e
ensinamentos para a nossa vida prática estão expostos de
modo claro na Bíblia. Os textos complicados, porquanto
bíblicos, e por isso, valiosos, não são fundamentais para a
nossa fé.
Regra 3 - Considere a revelação progressiva
A terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a
espiga e, por fim, o grão cheio na espiga — Mc 4:28
Algumas verdades foram reveladas em semente no Velho
Testamento, e só no Novo Testamento encontramos sua plena
expressão, como por exemplo o ministério de Cristo, a
Igreja, a nova dimensão da guarda do sábado, a situação
pós-morte, etc.
Deve-se considerar a revelação progressiva no processo de
interpretação, focando toda a revelação de Deus em CRISTO.
Todo o ensino da Bíblia deve ser entendido à luz de Cristo.
O que Cristo ensinou sobre o dízimo ? O que Cristo ensinou
sobre o amor ? O que Cristo ensinou sobre o sábado ?
Regra 4 - Cuidado com as "novas revelações"
Quando falamos de interpretação, o Espírito Santo não
concede nova revelação, e sim iluminação.
Não há nova verdade a ser acrescentada sobre o texto
bíblico. Há nova iluminação, ou seja, são-nos mostrados
novos aspectos da verdade que são relevantes para a nossa
situação atual.
A verdade é apenas uma.
As aplicações dessa verdade é que são diversas. Somos
incumbidos de entender a verdade e, sob a unção do Espírito
de Cristo aplicá-la.
Não fomos chamados para descobrir novas coisas, mas para
ensinar as velhas e maravilhosas verdades de forma nova,
pois elas são sempre necessárias em nossa geração.
Regra 5 - Observe o Contexto
Conforme W. D. Chamberlain, "para interpretar
contextualmente, há de se levar em conta o conteúdo geral de
todo o documento.
Então, o matiz de pensamento que circunscreve a passagem,
pois que mui freqüentemente afeta ele o sentido dos termos a
interpretar-se". Em algumas ocasiões, como por exemplo, numa
interpretação de uma epístola, o seu "teor geral dita o
sentido real da passagem" .
Quando desconsideramos o contexto, estamos sujeitos a errar
a nossa interpretação. Um exemplo clássico é Ap 3:20: "Eis
que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e
abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele
comigo". Tenho ouvido muitos pregadores que usam a passagem
como uma espécie de apelo evangelístico.
O convite do Senhor, no entanto, neste caso, não é dirigido
aos pecadores para que eles se arrependam e creiam no
evangelho. O convite de Cristo aqui dirige-se aos crentes
orgulhosos. O versículo em questão faz parte da carta de
Jesus à Igreja de Laodicéia (Ap 3:14).
Um modo eficaz de olharmos os textos contextualmente é os
observarmos em blocos redacionais, conforme o exemplo
abaixo:
Evangelho de João.
21 Capítulos, divididos em duas partes:
- Caps. 1-13: O Livro dos Sinais.
- Caps. 14-21: O Livro da Glória.
Objetivo do livro: Gerar fé nos leitores, de que Jesus
Cristo é o Filho de Deus (Jo 20:31).
Seção é uma divisão maior do livro. No caso do Ev. de João,
podemos afirmar que existem duas grandes seções: Sinais e
Glória.
Capítulo é uma unidade menor dentro de uma seção. É
interessante dividirmos os parágrafos dentro dos capítulos
para entendermos melhor o texto.
Perícope ou texto analisado é a unidade menor dentro de um
capítulo. Pode abranger um ou mais parágrafos. O texto
estudado pode abranger apenas parte de um parágrafo, ou
mesmo um só versículo.
É importante estabelecer a relação deste texto com o
capítulo, com a seção e com o restante do livro.
Essa análise ampla permite uma interpretação harmoniosa e
equilibrada.
A interpretação deve levar em conta toda essa estrutura
textual. Chamamos de contexto imediato tudo aquilo que está
próximo ao texto estudado (parágrafo e capítulo).
Chamamos de contexto remoto tudo aquilo que está distante,
mas ao mesmo tempo abrange o texto estudado (seção— divisões
maiores da obra, e o livro como um todo).
Devemos sempre perguntar ao texto:
Qual o contexto próximo?
O parágrafo está tratando de que tema?
E o capítulo?
E a seção?
Aqui estabeleceremos uma relação entre os elementos
textuais, e estaremos mais aptos a discernir o significado
da passagem. Todo texto deve ser interpretado dentro do seu
contexto. Como diz o ditado , "texto tirado de contexto é
pretexto".
Muitos usam textos deslocados para provar as suas doutrinas
preferidas. Não caiamos nesse erro !
O nosso objetivo ao incentivar a leitura e interpretação da
Bíblia é o de desenvolver um conhecimento prático e não
teórico da verdade de Deus em nossas vidas.
Insistamos em buscar do Senhor a PALAVRA que jamais passará.
REFERÊNCIA:
NASCIMENTO, Misael Batista do. Princípios de Interpretação
Bíblica. Texto com adaptações por Cioli Frickes. Disponível
em <: http://www.monergismo.com/textos/hermeneuticas/hermeneutica_misael.htm
> . Acesso em 06jan. 2007.
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